sexta-feira, 27 de maio de 2011

Irmã Dulce, uma vida de amor e fé.

Irmã Dulce: uma trajetória de fé e caridade para ajudar ao próximo Ajudar ao próximo para ficar mais perto de Deus. Esse era um dos objetivos de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Filha do cirurgião dentista Dr. Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, Maria Rita nasceu em 26 de maio de 1914 , na capital baiana. Como qualquer outra criança gostava de brincar de bonecas e era louca por futebol. Com a morte da mãe, com apenas 7 anos, vai morar com as tias e aos 13 descobre a vocação religiosa. O primeiro contato com a pobreza foi quando acompanhou uma das tias em uma visita aos pobres no bairro do Tororó, em Salvador. Neste ano, 1927 , Maria Rita cuidava dos doentes que batiam à sua porta na Rua da Independência, no bairro de Nazaré. Era o início de uma trajetória de fé, caridade e perseverança. Após formar-se na Escola Normal da Bahia como professora, Maria Rita troca o uniforme estudantil pelo hábito religioso das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Em homenagem à mãe, recebe o nome de Irmã Dulce. Em 1935 , a freira inicia os trabalhos de assistência à comunidade carente dos Alagados, conjunto de palafitas localizado no bairro de Itapagipe, em Salvador. Obstinada e com uma personalidade forte e revolucionária, Irmã Dulce fundou a primeira organização operária católica da Bahia, que passou a ser chamada Círculo Operário da Bahia, além de ter participado da criação de cinemas e do Serviço de Alimentação do Comerciário, que servia almoço a preços populares. No local conhecido como “Ilha dos Ratos”, certa vez a freira solicitou a um banhista que estava de passagem que arrombasse uma das casas interditadas para abrigar um jovem doente de 15 anos. A partir daí a procura pela Santa dos Pobres só iria aumentar. Eu tenho tanta sorte de ter a conhecido não só em espírito, mas também toda a sua pessoa" Gaetano Passarelli “Ela sempre foi para mim o maior exemplo de vida, desde pequena, pelas lições que ela me passava de amar ao próximo e ajudar as pessoas. A responsabilidade de todos nós que a conhecemos é maior, pois ela deixou um grande exemplo de solidariedade, independente da religião”, relata a jornalista Maria Rita Pontes, sobrinha de Irmã Dulce e diretora das Obras Sociais Irmã Dulce, OSID.   Legado O legado do Anjo Bom da Bahia, como ficou conhecida, começou a ser construído em 1949 , quando, a partir de um galinheiro cedido pela Superiora do Convento Santo Antônio, Irmã Dulce começou a atender aos doentes necessitados. “Uma obra considerada pelo Ministério da Saúde o maior complexo de saúde do Brasil que é 100 % SUS, é muito difícil manter. Atendemos a população carente e fazemos exames de alta complexidade”, conta Maria Rita. “O que me chamava atenção em Irmã Dulce era a preocupação que ela tinha com o outro. Ela poderia estar cansada e era incapaz de transferir isso ao outro. Sempre procurava ouvir, ajudar, acompanhar. Ela sempre tinha um tempo para todos. Ela era um evangelho vivo”, define a jornalista. À frente da OSID há 20 anos, a filha de Dona Dulcinha, irmã do Anjo Bom da Bahia, tinha uma relação profunda com a tia. “Era como se fosse uma segunda mãe pra mim”, conta Maria Rita, que fez uma biografia sobre a vida de Irmã Dulce, A Santa dos Pobres. Livros Irmã Dulce foi pauta para muitos escritores. Sua rica história encantou autores brasileiros e italianos, como Gaetano Passarelli, especialista em histórias de beatificação e autor do livro “Irmã Dulce: O Anjo bom da Bahia”. “Depois de escrever a biografia de Dulce eu só tinha um desejo: vê-la em pessoa. Cheguei a Salvador porque iria acontecer a exumação. Eu fui o primeiro a abrir o gabinete e ver seu rosto. Eu tenho tanta sorte de ter conhecido não só em espírito, mas também toda a sua pessoa”, conta Gaetano Passarelli. A escritora baiana Mabel Velloso também escreveu um livro sobre a trajetória do anjo bom da Bahia. “Fiz o livro a pedido da editora Callis, que faz parte da coleção ‘A luta de cada um’. Eu fiquei tão feliz de ter recebido esse pedido. No livro eu contei o que ouvi das pessoas que trabalhavam nas obras sociais e que conviveram com ela”, conta Mabel, que também é voluntária da OSID.

Um comentário:

Anônimo disse...

muito linda esta materia sobre a irma dulce. ela realmente representa uma licao de amor e fe. seu blog e lindo vou visitar sempre. um grande abraco